The Mars Volta – Olympia Theatre, Dublin

Pense muito sobre The Mars Volta, e você pode acabar se tornando muito confuso e frustrado. A partir do imediatismo e convencionalidade comparativa dos At The Drive-In foi um dos expoentes hoje da prog-ismos e interlúdios jam prorrogado. Para a dupla criativa do vocalista Cedric Bixler-Zavala e do guitarrista Omar Rodríguez-López, cada show é um slot à tarde em Woodstock. Como muitas bandas matariam para poder saciar-se que muito, para testar os limites da paciência de seu público e ainda manter seu ardor febril. Mas não há tal coisa como um gênero ruim – apenas músicas ruins, e não importa como ícone At The Drive-In pode ter sido, não importa o quanto você ama os afros, The Mars Volta não estaria no número álbum de estúdio, cinco se não sabia uma coisa ou duas sobre songwriting. O ponto é provado na chave de abertura de faixas neste primeiro show manchete nunca irlandês (que têm aparecido na ‘Inertiatic ESP’ (incorporando ‘Son Et Lumiere’) é amado por muitos fãs por ser a primeira música que ouviu pelo grupo, e sua emocionante falhas código Morse são suficientes para trazer a multidão expectante ao ponto de ebulição. A segunda faixa é “Cotopaxi”, uma de três e meia da laje minutos de funk duro fora Octahedron deste ano. Bixler, debatendo e chicotadas a liderança mic como um leão hirsute Tamer, o líder é uma prisão – cobra-neurastênico, misteriosamente não-comunicativos e de aparência estranha – que é um alívio porque Rodriguez não vai dar-nos um de seus famosos super – a-ombro-e-back-flips guitarra novamente.

Apesar do ritmo caleidoscópico, o volume de cabelo e assustador, cogumelos-tinged visuais pré-colombiana, este o mais intransigente de grupos servidas para agradar a multidão. Fomos tratados de “O Led Zeppelin Widow’ de lamentar, a salsa-metal de” Roulette Dares ‘e em’ Cicatriz ESP ‘, uma granada goosebump caralho enorme. Tanto quanto foi favorável, que era ele.

O Mágico de Oz – 70 Anos

Em 2009, a adaptação para os cinemas do conto fantasioso de Lyman Frank Baum completa 70 anos desde seu lançamento. O filme, lançado em 1939, tornou-se um marco do cinema por diversos fatores. Foi uma das primeiras produções a usar o recurso de technicolor (para deixar as cenas coloridas), alçou Judy Garland – que já era popular na época – ao status de verdadeira estrela de Hollywood, apresentou canções originais que o mundo cantaria até os dias de hoje, e foi uma das primeiras adaptações de obras literárias que puderam ser vistas nas telas dos cinemas.

É difícil fazer um post sobre os 70 anos da película sem comentar sobre as diversas variações da história que surgiram no decorrer do tempo. Até mesmo o próprio livro, lançado pelo escritor nascido em Chittenango, NY, ganharia mais treze (!) continuações, criadas pelo próprio. Frank Baum, que era fascinado por literatura e teatro desde a infância, lançou diversos livros infantis e adultos, mas entregou ao mundo sua obra definitiva – “O Mágico de Oz” – somente em 1900. A história de Dorothy, garota que é levada à uma terra desconhecida por um furacão repentino e procura, com a ajuda de um espantalho, um leão e um homem de lata por um mago poderoso que pode mandá-la de volta pra casa foi um grande sucesso de vendas na época, tendo sido posteriormente adaptada para os palcos da Broadway, permanecendo em cartaz por nove anos.

Incrivelmente, o aniversário da versão cinematográfica foi comemorado de forma discreta em alguns lugares do mundo. A cidade de Wamego, no Kansas, realizou diversos eventos em comemoração à data, além de manter há anos o “museu” de “O Mágico de Oz”, que possui no acervo mais de 25 mil (!!) peças relacionadas ao filme, incluindo um figurino original usado por Judy Garland nas filmagens do mesmo. No resto do globo, os setenta anos do lançamento foram celebrados sem muito alarde – os grandes estúdios e redes de lojas não deixaram de prestar suas homenagens e, de quebra, talvez lucrar um pouco com isso…

A Warner Bros. , em companhia da “Swarovski” convidou diversos designers/estilistas famosos para fazerem releituras bem glamourosas do famoso sapatinho de rubi que a protagonista usa para realizar seus desejos (curiosidade: no livro, eles não são rubi, são prateados!) A exposição “The Wizard of Oz Ruby Slipper Collection” – que mostrará as criações de nomes como Manolo Blahnik, Jimmy Cho e até Gwen Stefani e sua grife L.A.M.B – esteve na Mercedez Benz Fashion Week no mês de Setembro,  e, itinerante, estará em outras grandes cidades, como Miami, durante a Miami Art Week esse mês. Os sapatos serão leiloados daqui alguns meses, com o fim do evento.

Os estúdios lançaram também, em diversos países – incluindo Brasil – uma edição especial do filme em DVD, com 4 discos cheios de extras. Ok, o preço é salgado: em média, R$149.00 pelo Box completo. Lá, você pode encontrar materiais nunca antes vistos pelos fãs, produzidos na época do lançamento e também agora.

Gostaria de prestar sua homenagem a obra e convidar os leitores à conhecer – ou relembrar – esse clássico que recebeu dois Oscars  (melhor trilha sonora e melhor música) , foi eleito pelo American Film Institute como o décimo melhor filme de todos os tempos e está guardado de forma carinhosa nas mentes de gerações que vivenciaram uma época diferente da nossa e agora, continua conquistando novos fãs apaixonados pelo reino de Oz e por uma história tão simples e ao mesmo tempo tão encantadora e marcante.

Pra finalizar, vamos relembrar uma das canções mais clássicas de todos os tempos e que está na trilha sonora do filme? Aposto que vocês sabem qual é…

[Paulo Cruz]

Los Hermanos – Bloco do Eu Sozinho [2001]

Embora o Ventura também seja merecedor de um ranking como esse, não dá pra negar que foi o Bloco do Eu Sozinho o marco histórico na carreira dos Los Hermanos. Os caras sofreram uma mutação incrível ao parí-lo, entrando em um denial generalizado consequente ao estouro do hit Anna Julia. O disco é tomado por uma melancolia rascante, que de certa forma acaba assumindo uma frente carismática, através das melodias minuciosamente bem compostas e alegres. Todo Carnaval Tem Seu Fim abre os trabalhos, cantando uma alegria carnavalesca bastante hipócrita. Seguindo chegam as belíssimas A Flor, Retrato Pra Iáiá, Assim Será, Casa Pré-Fabricada, e aquela com a letra mais gênia ever: Cadê Teu Suín?, todas obras prima compostas por dois dos melhores poetas da década: Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo. E no momento que o cara acha que já dá pra segurar os suspiros, chega Sentimental, uma avalanche de desconsolo que, num verso subliminar, justifica todo e qualquer joguinho de amor, quando afirma: “Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente. Se ela te fosse direta, você a rejeitaria.” Depois desse tapa na cara, neguinho nunca mais se recupera. Nem com as lindas finaleiras Deixa Estar, Mais Uma Canção, Fingi Na Hora Rir ou Veja Bem Meu Bem no repeat a semana inteira. Bloco é um lindo álbum, daqueles de deixar na prateleira e tocar pros netos daqui uns bons 50 anos.

créditos: mycool

Terceiro álbum do Arcade Fire pode sair em maio

Já cansou de fazer listinhas mentais dos discos esperados para 2010? Pois saiba que a listagem só tende a aumentar. Só para o primeiro semestre já podemos esperar novos trabalhos de, por exemplo, Black Rebel Motorcycle Club, Interpol, Strokes (?), She & Him, Spoon, Goldfrapp, Shout Out Louds, Keane, entre outros.

E não é que os nomes supracitados podem ganhar um companheiro de peso? Os canadenses do Arcade Fire estão com um disco sendo preparado e, de acordo com a Billboard, o terceiro trabalho da excelente banda quebequense deve ser lançado em maio do próximo ano! Ótima notícia para os fãs que, assim como eu, aguardam anciosamente pelo sucessor de Neon Bible – último disco do Arcade, lançado em 2007.

Notícias indicam que a banda passou os últimos seis meses em estúdio com o produtor Markus Dravs, que já trabalhou com Coldplay, Bjork e Brian Eno e foi, aliás, um dos engenheiros de som do último CD do Arcade Fire.

[Paulo Cruz]

Covers que valem a pena conhecer!

Fiona Apple: Across The Universe (Beatles)

Fiona Apple.

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=8gLWTtlMwo4&feature=fvw
Um daqueles casos em que a regravação é melhor do que a versão original. A dos Beatles é ótima, mas a tristeza envolvente que Fiona Apple emprestou a esse cover é de arrepiar.

Nelly Furtado: Sozinho (Caetano Veloso)

Nelly Furtado

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=oSgTC6WXv7w
Nunca gostei muito de nenhuma das versões dessa música, mas o sotaque lusitado de Nelly Furtado deixou-a, no mínimo, um pouco mais cativante.

The Killers: Girls Just Wanna Have Fun (Cyndi Lauper)

The Killers

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=-RrRSPjLvWI
Inspirados pela dance music em seu último álbum, pode ser que os garotos do The Killers tenham se empolgado o suficiente pra fazer um cover do clássico de Cyndi Lauper. Brandon sempre se solta nas dancinhas!

St Vincent – These Days (Nico)

St. Vincent

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=1vxQs84FMWQ
A voz de St. Vincent soa frágil e indefesa nessa versão da música composta e gravada por Jackson Browne e posteriormente pela ex-vocalista do Velvet Underground, Nico. A letra da música é linda, um lamento. E cada pessoa que a interpretou mostra nuances completamente diferentes – ora a canção soa mais otimista, algumas vezes totalmente desesperançosa. Annie Clark, a.k.a St Vincent, por sinal, é uma ótima cantora, que pode vir a se tornar mais conhecida por uma música sua inserida na trilha sonora de “Lua Nova”. Conheçam a banda, mas não precisam ir ver o filme no cinema, tá?

One Republic: Mercy (Duffy)

One Republic

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=fD8sLsvn9qQ
A banda, que ficou famosa ao gravar “Apologize” com Timbaland, regrava a música da cantora Duffy, que ficou impregnada na cabeça de muita gente no ano passado. Boa para aqueles que simpatizam com a canção, mas detestam os agudinhos da artista. Até eu que gosto, admito: de vez em quando é difícil ouví-la por períodos prolongados sem querer dar um soco no rádio. (?)

Johnny Cash: Hurt (Nine Inch Nails)

Johnny Cash

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=o22eIJDtKho
Johnny Cash se apropriou da música, com sua voz de mágoa e naturalmente melancólica. Outra no mesmo nível da versão original.

Florence And The Machine: Halo (Beyoncé)

florence-and-the-machine

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=0_ohj99qeBA
Depois do susto que levei com a cara da Florence Welch , a.k.a. Florence + The Machine na foto do vídeo, me atentei a versão curiosa de Halo que ela fez. Gosto da artista, mas não posso dizer que essa versão seria hit no meu mp3. (?) O resultado é estranho.

Ida Maria: Sweet About Me (Gabriella Cilmi)

Ida Maria

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=aBITg73bYw8
Sabe a música do comercial do Rexona, com a mocinha de cabeça pra baixo? Ganhou uma versão menos “arrumadinha” da roqueira Ida Maria. Ficou ótima!

Corinne Bailey Rae: Sexyback (Justin Timberlake)

Corinne Bailey Rae

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=v5P9lZC4stE
Corinne Bailey Rae consegue, de certa forma, tirar todo o “assanhamento” (?) da música de Justin Timberlake.

Regina Spektor: Love Profusion (Madonna)

Regina Spektor

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=64mdCi95ySs
Ignore a má qualidade de gravação: Regina Spektor transformou um dos singles do álbum “American Life” em uma de suas músicas impecáveis tocadas no piano.

Elvis Costello: Beautiful (Christina Aguilera)

Elvis Costello

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=Gkd4rq0hRyY
Versão de “Beautiful”, música escrita por Linda Perry e interpretada por Elvis Costello que certamente marcou para os fãs da série House M.D!

 

[Paulo Cruz]

Epopeia em movimento: rumos da banda para 2010

Depois de um ano com grandes conquistas, a banda Epopeia por enquanto da um tempo na loucura e retorna no ano novo com novos projetos. A banda me parece insaciável quando se fala de buscar novas vertentes na hora de compor suas músicas…

Em um breve papo com o guitarrista e ‘principal compositor’ da banda Herman G. Silvani, o Niko, conversamos um pouco sobre as novidades que estão por vir.

E ai Niko, quais bandas você anda escutando atualmente?

(Niko) Muita coisa.. por exemplo, agora, ouço a nona de bethoveen (que véia mais punk bicho!)..

sempre estou (estamos), antenados em bandas novas, sons exóticos ou não..

além do garage rock e do psicodélico/progressivo e soul, que sempre estão nos ouvidos.. poderia citar: mars volta, doctor deseo, astronauta pinguim, plástico lunar, goran bregovic, buena vista, patrulha, chucrobillyman, ruido/mm, mutantes, who, velvet underground, floyd, electric prunes, hendrix, cream, gogol bordello, reconteurs, entre outras…

Não faz muito tempo que vocês lançaram o ultimo cd, já estão pensando no próximo? Como esta o processo de composição, algum prazo pra lançamento?

Pois é. o cd novo está rodando por aí. e ainda estamos divulgando ele e tal. não pensamos nada para um próximo. nunca pensamos isso tão antecipadamente assim. a coisa acontece na hora que há uma necessidade, já que não temos obrigações com gravadora, mercado e tal. mas pretendemos gravar as músicas novas que já existem, e creio, que em breve estaremos compondo outras. o processo é praticamente o mesmo.. um tempo atrás, eu fazia sozinho as músicas, agora a Liza e a Eliz entraram nisso, o que gerou uma nova perspectiva e sonoridade.  algumas das novas músicas já tem o sangue delas também. Já o Tuba, também tem sua parte, a bateria entra depois e é parte da composição, dentro da liberdade de criação de cada um. o suor feminino deu novo alento as nossas composições, e isso só acrescenta.

E qual é a idéia do próximo? Já tem algo definido com relação a isso?

Mas olha.. vai saber! a coisa acontece no caminho. idéias para o próximo, como já foi dito, não temos, pelo menos não agora. sempre percebemos o que está acontecendo, garimpamos algo novo, no sentido de trazer em si uma poética, uma estética que tenha sua própria linguagem. o mundo hoje, pede mais do que a linguagem musical/sonora, é preciso trabalhar as linguagens que estão em volta, no ar. os sentidos precisam ser provocados. casar timbres, sonoridades, com as letras, o visual, as cores (ou a falta delas), a postura da banda, presença de palco e tudo mais, para se chegar a algo maior, que a gente nem sabe direito o que é, mas existe. a busca e o risco é o que nos move.

Se alguém me pergunta, como faço pra compor, não sei muito o que responder, mas ao contrário do que muitos pensam, é um processo bem pensado, pra atingir certo objetivo, não sai do nada. E sempre é tudo muito pessoal, por mais que na maioria das vezes eu faça o uso de personagens.

Nisso, como é o processo de composição das letras de vocês? Há algum tema recorrente, que acaba sendo abordado em mais de uma música, como o que? Ou é algo que simplesmente aflora e não há controle?

É um pouco dos dois. a coisa acontece, deixamos que seja assim. mas, idéias existem também. quando componho só, uso o violão geralmente, tenho algumas letras anotadas por aí, alguns riffs e frases musicais, idéias.. as vezes rola juntar, adaptando uma coisinha aqui, outra ali.. mas geralmente, faço as letras e melodia, junto com a música, ao mesmo tempo, brincando sabe?! Experimentando… até penso em temas, mas quase nunca fecha. agora, com a presença da Liza e Eliz na ‘sala de-composição’, isso flui diferente, mas neste mesmo processo, que, diga-se de passagem, já vem destilado de outros momentos. a coisa é meio surreal, experimental mesmo. não tem muita regra. talvez, sim, alguns critérios, mas isso não predomina. é um pouco de emoção e razão, do momento, além de inspirações fotográficas e poéticas. cinema, além de literatura e música, é um grande suporte para compormos. por aí… não tem um tema específico, mas posso dizer que muito gira em torno de imagens.

Vocês acabaram de se apresentar em Curitiba, como foi a experiência de tocar lá, qual é a diferença do público?

Ah, foi legal cara! o local era muito legal, apesar de não saber quem era o dono nem nada. lá existem muitas tribos, e tudo mais direcionado, talvez por haver mais opções e tal, os bares, a maioria pelo menos, são pequenos, porém simpáticos e aconchegantes, mas parece que o povo do rock não se mistura muito como aqui. tocamos para um público pequeno, umas 40 cabeças creio, mas foi bom, a energia rolou e o rock aconteceu. entre tragos e estragos, deixamos um pouco do nosso sangue e suor por lá.

hehehe

podcre, sempre tem que ter o trago

Opa! é combustível também…

teria mais algo que vocês talvez gostariam de estar divulgando neste espaço que ainda não foi abordado? o espaço esta ai.

Claro! somos parceiros no rock aqui na cidade. sem contar que a Ultraleve é uma das bandas que admiramos-curtimos-respeitamos.. mas é por aí. só não vou mencionar a tour no camboja, vietnã e em kosovo. nem o vídeo clandestino que já rodou no faustão e ninguém viu. o mais tá aí…

valeu Paulo! adelante el róque!

E ai quando que a Ultralepopeia vai contratacar?

Pois é.. quando vocês estiverem com a munição em dia, estamos aí…

P’ra fuzilar mesmo!

É isso ai em breve estaremos aprontando algo. abraços

* A Epopeia, entre outras coisas, é uma das bandas criadoras do projeto “Entrevero de Rock”, foi classificada para a semifinal do FEMIC, e tem dois CD’s gravados. O mais recente: “em mo.vi.men.to”, está sendo vendido em Chapecó nos seguintes locais: Café Brasiliano, Sebo Panacéia, Old Music, Palladium e Art Tattoo, ou com a banda; e em Xaxim na Zairo Tattoo Studio.

Para saber mais da banda e o que gira em torno dela, baixar músicas, contatar, etc.:

www.epopeiarock.blogspot.com

www.myspace.com/epopeia

+ palcomp3 + purevolume + trama virtual

Tel.: (49) 9975.0881  (A/C Niko ou Liza)

[Paulo Cruz]

O parente mais foda da familia, Jorge Cruz

Nasci na Praia da Barra, no seio de uma família descendente de padeiros e guardas fiscais. O meu pai era treinador de futebol e a minha mãe cozinheira de chanfanas. Fiz a escola primária num colégio de freiras onde fui introduzido à fé e à religião. Aos fins-de-semana visitava militantes do PRP na prisão de Custóias. Com 10 anos, parti para Angola. Estudei na Escola dos Flamingos Cor-de-Rosa, Lobito, Benguela. Fui aprendiz de pesca em mar-alto sob vigilância de militares cubanos. Iniciei o treino em ginástica desportiva com o campeão mundial russo Lev Smedianov, embora a composição de refrões pop tenha afectado o meu rendimento. De regresso a Portugal, e já depois da morte de José Afonso, vivi na Charneca da Caparica, escrevi letras de hip-hop e formei um duo com o guitarrista Rui Jorge Abreu. Aos 15 anos, voltei à Praia da Barra onde celebrei casamento com uma jovem fotógrafa praticante de body-board. Fui basquetebolista. Li os existencialistas e formei o power-trio Superego que gravou em 1998 o disco “Quem Concebeu o Mundo Não Lia Romances” aclamado pela crítica por ter capa sépia. Ao vivo os Superego abriram para Sérgio Godinho e Jorge Palma e podem ser acusados de ter interrompido músicas para baixar do palco e participar em rixas. Com o segundo disco “A Lenda da Irresponsabilidade do Poeta” (2001) fecharam a sua história inscrita num manifesto cómico-radical que não lhes granjeou amizades. Pelo meio editei 300 exemplares de canções acústicas gravadas em cassete baptizadas de “O Pequeno Aquiles”. Licenciei-me em psicologia. Assinei os papéis de divórcio e fui tocar nas ruas de Barcelona e Santiago de Compostela. Estagiei com o músico guineense Oli Silva. Formei uma Fanfarra de música tradicional portuguesa de fusão. Dormi na Lagoa do Fogo e ouvi o “Time Out Of Mind”. Fui investigador na Universidade do Porto, àrea de feminismo e psicologia política. Em 2003, gravei o álbum “Sede” que viria a ser editado pela NorteSul. Dediquei-me à escrita de short-stories e romances de amor. Na primavera de 2006, formei 4 bandas e fui para a Sra. da Hora gravar “Poeira” com músicos portuenses do rock, do jazz, do reggae e da música tradicional. Esperei pelo S. João para me despedir do Hospital de Sto. António e mudei-me para Lisboa onde aprendi as profissões de bartender, porteiro e ensaísta. Em 2007, fui apresentado ao Tiago Guillul e ao Samuel Úria, fomos até Sesimbra gravar o primeiro disco do João Coração que acabei por co-produzir, e habituei-me a comer japonês em centros comerciais e a ler passagens da bíblia criteriosamente aconselhadas. O Manuel Fúria aproveitou para me ir oferecendo grades de minis até eu estar convencido a produzir Os Golpes. Gosto adquirido, comecei o ano de 2009 a produzir o João Só e Os (seus) Abandonados. Ainda em 2008, formei em Oeiras a banda de tráde-roque Diabo Na Cruz com o Bernardo Barata (Feromona) e o João Pinheiro (Tv Rural), à qual se juntam B(Fachada) e João Gil (V. Economics). Primeiro álbum para a FlorCaveira é gravado em Maio. Com a Helena Madeira (Dazkarieh e Mú) formo o duo niú-folque Os Vígaros. Chamo-me Jorge Cruz. Outra vez a mudar de casa.

http://www.myspace.com/jorgecruzpoeira

[Paulo Cruz]

Disco do Strokes é eleito o melhor da década

‘Is This It’, primeiro da banda, foi lançado em 2001. Lista foi feita pela revista NME com a colaboração de músicos, produtores e compositores

O disco de estreia do Strokes, “Is This It”, foi eleito o melhor da década pelo importante semanário musical NME.

A publicação ouviu músicos, produtores, compositores e presidentes de gravadoras para compor seu ranking com os 50 álbuns mais relevantes da década.

Destacam-se na lista os títulos de rock, sendo 3 dos 5 primeiros colocados discos de estreia – além do Strokes, com “Is This It”, “Up The Bracket”, do The Libertines e “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not”, do Arctic Monkeys aparecem na relação.

Sobre o posto alcançado com o seu primeiro lançamento, Julian Casablancas, líder do Strokes, se disse espantado. “Isso é completamente louco! Eu achei maravilhoso quando soube, mas isso significa que foi uma boa década musical ou não? Eu não sei, eu sou um péssimo para julgar meu próprio trabalho”, disse o músico à BBC.

O ano de 2002 foi o mais representativo para a década, de acordo com a lista do NME. São 8 álbuns, incluindo lançamentos de Interpol, The Street e Queens of the Stone Age. Confira a lista completa:

1. The Strokes – “Is This It”
2. The Libertines – “Up The Bracket”
3. Primal Scream – “Xtrmntr”
4. Arctic Monkeys – “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not”
5. Yeah Yeah Yeahs – “Fever To Tell”
6. PJ Harvey – “Stories From the City, Stories From the Sea”
7. Arcade Fire – “Funeral”
8. Interpol – “Turn On The Bright Lights”
9. The Streets – “Original Pirate Material”
10. Radiohead – “In Rainbows”
11. At The Drive In – “Relationship Of Command”
12. LCD Soundsystem – “The Sound Of Silver”
13. The Shins – “Wincing The Night Away”
14. Radiohead – “Kid A”
15. Queens Of The Stone Age – “Songs For The Deaf”
16. The Streets – “A Grand Don’t Come For Free”
17. Sufjan Stevens – “Illinoise”
18. The White Stripes – “Elephant”
19. The White Stripes – “White Blood Cells”
20. Blur – “Think Tank”
21. The Coral – “The Coral”
22. Jay-Z – “The Blueprint”
23. Klaxons – “Myths Of The Near Future”
24. The Libertines – “The Libertines”
25. The Rapture – “Echoes”
26. Dizzee Rascal – “Boy in Da Corner”
27. Amy Winehouse – “Back To Black”
28. Johnny Cash – “Man Comes Around”
29. Super Furry Animals – “Rings Around The World”
30. Elbow – “Asleep In The Back”
31. Bright Eyes – “I’m Wide Awake, It’s Morning”
32. Yeah Yeah Yeahs – “Show Your Bones”
33. Arcade Fire – “Neon Bible”
34. Grandaddy – “The Sophtware Slump”
35. Babyshambles – “Down In Albion”
36. Spirtualized – “Let it Come Down”
37. The Knife – “Silent Shout”
38. Bloc Party – “Silent Alarm”
39. Crystal Castles – “Crystal Castles”
40. Ryan Adams – “Gold”
41. Wild Beasts – “Two Dancers”
42. Vampire Weekend – “Vampire Weekend”
43. Wilco – “Yankee Hotel Foxtrot”
44. Outkast – “Loveboxxx/The Love Below”
45. Avalanches – “Since I Left You”
46. The Delgados – “The Great Eastern”
47. Brendan Benson – “Lapalco”
48. The Walkmen – “Bows and Arrows”
49. Muse – “Absolution”
50. MIA – “Arular”

créditos: multi show

[Paulo Cruz]

I’m From Barcelona [dica]

I'm from Barcelona - Let Me Introduce My Friends - 2006

A melhor banda de 29 membros da Suécia em toda a história. Hahaha! Óbvio que sim, aliás é a melhor banda de 29 membros de todos os tempos. A maioria não é composta por músicos profissionais e sim por amigos do mentor do projeto/banda Emanuel Lundgren. Aliás, Lundgren é um multi-instrumentalista talentoso, com faro para sensibilizar grandes públicos com suas canções ingênuas e singelas. O I’m From Barcelona se destaca por arranjos graciosos, que nos remetem à canções de programas infantis, ou de rodas de acampamento de igreja. O coral de vozes presente, é aplicado e incansável em diversos trechos do disco. Mas não pense que eles soam essencialmente inocente. No disco Let me Introduce my Friends, eles demonstram a riqueza de precisão vocal, a habilidade em incrementar algumas passagens de uma canção com ótimas paredes de vozes, harmoniosas e alternadas. Os arranjos instrumentais se alternam no frenesi de momentos mais calorosos e em outras na pacífica levada de circunstâncias mais ternas e afáveis. Você pode começar a traçar uma lista de bandas parecidas, mas pode ter certeza, embora eles soem como aquelas bandas indies de “rock fofinho” (ê termo!), tipo Architecture in Helsinki, eles são bem diferentes pela direção que tomam ao utilizar plataformas vocais elaboradas e bem complexas. Você pode começar a tentar lembrar do nome daquela banda gigantesca… o Poli, Polyph… Polyphonic Spree! Sim, tudo bem, a banda é grandona como eles (tem 23 membros), mas são mais reflexivos, mais psicodélico e menos acessíveis aos ouvidos. Mesmo assim, também é uma ótima banda.

O primeiro disco da banda, lançado em 2006 é iniciado com ‘Oversleeping’, uma canção de harmonia relaxante, empolgante pela forma que se intensifica ao chegar no refrão. O sabor “adocicado” da melodia é aumentado por toques de sinos ao fundo. Os vocais em massa já mostram o quanto são importantes. ‘We’re From Barcelona’ é agradável com seus acordes dedilhados com capricho e seu ritmo sereno, numa bateria que te faz bater os pés ao ouví-la. Ela chega ao seu auge com os surreais “na-na-nas” que fazem ponte entre o refrão e a próxima estrofe. É realmente diferente notar que mesmo cheio de inserções vocais, com pequenos fraseados e “uhuuuuus”, o mais atraente na faixa é como toda a música é cantada por uma multidão de vozes. ‘Treehouse’ é envolvida por um baixo que dita o ritmo à batidas que parecem mais batidas de palmas. A letra nos envia aos melhores momentos da infância, quando tudo era uma fantasia, quando as cabanas que fazíamos (é, o Brasil não tem a cultura infantil de criar casas de árvore) eram a nossa fulga, quando acreditávamos que ali estávamos seguros:

I have built a treehouse
I have built a treehouse
Nobody can see us
It’s a you and me house

O fim da canção é magistral, com um mar de vozes se esparramando em opulentas e extensas linhas de harmonia. ‘Chicken Pox’ é mais pop, mais similar com o que você ouve por aí, sai da “novidade” que o disco propõe, mas ainda sim é uma bela canção. É de levada aprazível, num folk vistoso cheio de acordes bem apresentados numa melodia bem cativante. Os vocais peculiares da banda ainda dão uma pitada de classe ao refrão.

Dê o rótulo que quiser, mas a verdade é que essa banda promissora e diferenciada vem crescendo aos poucos, viajando pelo mundo, apresentando um trabalho que não há como não ser notado. E com 29 cabeças ativas na banda, é difícil imaginar um momento sem inspiração para eles. Vamos ver o que vem por aí.

*Sugestão de Mih Nakano

Set List

1- Oversleeping
2- Collection of Stamps
3- We’re from Barcelona
4- Treehouse
5- Jenny
6- Ola Kala
7- Chicken Pox
8- Rec & Play
9- This Boy
10- Barcelona Loves You
11- The Saddest Lullaby

Baixar o disco!

[Paulo Cruz]

Charly Garcia volta e mostra a força do rock argentino

 

Charly Garcia

Aos 58 anos ,o roqueiro e compositor portenho, não é conhecido no Brasil como deveria,  polêmico por natureza, é um maluco beleza portenho e gênio do rock local e na língua espanhola.

Na estrada há muito tempo, fundador de bandas mito como Sui Generis (1969 – 1975), PorSuiGieco (1974-1976), LA Máquina de Hacer Pajaros (1975-1977), Serú Girán (1978-1982) e gigante carreira solo… é mais um mito argentino de gerações que depois de mais uma internação, voltou à ativa com uma série de shows lotando estádios em Buenos Aires, Santiago do Chile e Lima… nada do Brasil… entra para a Wish list.

Confiram o vídeo de um dos pontos alto do Show, “Rezo por Voz” com o seminal Luis Alberto Spinetta (El Flaco) co-autor da canção de 1985. (23/Out/09). Seguido do enorme set-list dessa noite inspirada.     [Paulo Cruz]

SET LIST

1. El Amor Espera
2. Rap del Exilio
3. No Soy Un Extraño
4. Cerca de la Revolución
5. Chipi-Chipi
6. Fanky Play Video Play Video
7. No Te Animás a Despegar
8. Demoliendo Hoteles
9. Promesas Sobre el Bidet
10. Adela en el Carrousel
11. Rezo Por Vos
12. Yendo de la Cama al Living
13. Canción de 2 x 3
14. Nos Siguen Pegando Abajo
15. Influencia
16. Llorando en el Espejo
17. Pasajera en Trance
18. Raros Peinados Nuevos
19. Me Siento Mucho Mejor
20. Tu Vicio
21. Buscando un Símbolo de Paz
22. No Me Dejan Salir
23. No Voy en Tren
BIS
24. Deberías Saber Por Qué
25. Hablando a Tu Corazón
26. Rock & Roll Yo
27. Encore 2:
28. No Toquen
BIS
29. No se va a llamar mi amor

 

 

Primeiro concurso brasileiro de microcontos do Twitter

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Microcontos existem aos montes no Twitter. Aliás, no começo ouvi muita gente dizer que o Twitter era um ótimo ambiente para publicá-los.

A novidade é que começou o 140 Letras, o 1º Concurso Brasileiro de Microcontos do Twitter. Quem ganhar leva para casa 4 livros da Coleção Bactéria. Eu serei um dos jurados.

Para participar, basta publicar um microconto no Twitter até o dia 20 de setembro. Mas antes da mensagem escreva “#140″ para identificar que você está participando do concurso.

Pode participar com quantos microcontos quiser.

O resultado será divulgado no site e no Twitter do 140 Letras, no dia 30 de setembro.

Informação publicada no site do Ministério da Cultura.

[Paulo Cruz]

Dica do dia [Casiokids]

Casiokids é  um quinteto Norueguês (Bergen), produzem eletro afro-beat,  o resultado é notável. Boas melodias, boas distorções e é dançável, esse é o tipo de banda que não precisa falar muito a música deles ja diz tudo.

Toca a fazer o download e pronto e se duvida assista os videos. [Paulo Cruz]

Casiokids – Finn Bikkjen!

Casiokids – Fot I Hose

Casiokids – Togens Hule

Orquestra Imperial Carnaval So Ano que Vem

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Carnaval Só Ano que Vem é o título deste fantástico álbum de estréia da Orquestra Imperial, a big band formada em 2002 que, entre seus 19 integrantes, conta com nomes notáveis da cena pop carioca, como Rodrigo Amarante (Los Hermanos), Moreno Veloso (+2), Nina Becker e Thalma de Freitas. Produzido por Mario Caldato ao lado de Kassin e Berna Ceppas, o álbum mescla samba, gafieira, bossa nova e MPB em 11 faixas divididas entre composições próprias, como “O Mar e o Ar” e “Não Foi em Vão”, além de regravações de clássicos como “Fita Amarela” de Noel Rosa. Vale a pena conferir! Download [Paulo Cruz]

Beatles dominam completamente top nacional: 14 álbuns entre os 40 mais vendidos

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Os Beatles invadiram o top nacional de vendas de álbuns esta semana: são 14 discos entre os 40 mais vendidos . A razão desta avalanche prende-se com a reedição da discografia completa ( remasterizada ) dos Fab Four, que entra praticamente toda no top (exceptuando Beatles for Sale ). Nas duas primeiras posições da tabela continuam, respectivamente no primeiro e segundo lugares, Amália Hoje e a banda-sonora de Hannah Montana.

O registo dos Beatles que mais alto subiu na tabela foi Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (3º lugar), seguido de Abbey Road (4º lugar), The Beatles/White Album (6º lugar), Let It Be (11º lugar), Rubber Soul (14º lugar), Help! (18º lugar), Past Masters (20º lugar), Yellow Submarine (21º lugar), Magical Mystery Tour (23º lugar), A Hard Day’s Night (28º lugar), Please Please Me (29º lugar), With the Beatles (37º lugar), Revolver ( 39º lugar) e, finalmente, a colectânea 1 (em 40º lugar).

Recorde-se que a BLITZ Especial Beatles está já nas bancas (custa apenas €3,00 ), tendo sido publicada no exacto dia em que as reedições também chegaram às lojas: 9 de Setembro. Em 53 páginas pode encontrar uma reportagem especial nos Estúdios de Abbey Road , em Londres, com os engenheiros de som que remasterizaram os álbuns dos Beatles, pela pena do maior especialista dos Fab Four em Portugal, Luís Pinheiro de Almeida, uma revisão da carreira da banda , perfis dos quatro elementos , entrevistas com fãs da banda e tudo e mais alguma coisa que quis saber sobre Paul, John, Ringo e George.

créditos: blitz

Paulo Cruz.

Reedições da discografia completa dos Fab Four em grande na tabela. BLITZ Especial Beatles já nas bancas.
Os Beatles invadiram o top nacional de vendas de álbuns esta semana: são 14 discos entre os 40 mais vendidos . A razão desta avalanche prende-se com a reedição da discografia completa ( remasterizada ) dos Fab Four, que entra praticamente toda no top (exceptuando Beatles for Sale ). Nas duas primeiras posições da tabela continuam, respectivamente no primeiro e segundo lugares, Amália Hoje e a banda-sonora de Hannah Montana.

O registo dos Beatles que mais alto subiu na tabela foi Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (3º lugar), seguido de Abbey Road (4º lugar), The Beatles/White Album (6º lugar), Let It Be (11º lugar), Rubber Soul (14º lugar), Help! (18º lugar), Past Masters (20º lugar), Yellow Submarine (21º lugar), Magical Mystery Tour (23º lugar), A Hard Day’s Night (28º lugar), Please Please Me (29º lugar), With the Beatles (37º lugar), Revolver ( 39º lugar) e, finalmente, a colectânea 1 (em 40º lugar).

Recorde-se que a BLITZ Especial Beatles está já nas bancas (custa apenas €3,00 ), tendo sido publicada no exacto dia em que as reedições também chegaram às lojas: 9 de Setembro. Em 53 páginas pode encontrar uma reportagem especial nos Estúdios de Abbey Road , em Londres, com os engenheiros de som que remasterizaram os álbuns dos Beatles, pela pena do maior especialista dos Fab Four em Portugal, Luís Pinheiro de Almeida, uma revisão da carreira da banda , perfis dos quatro elementos , entrevistas com fãs da banda e tudo e mais alguma coisa que quis saber sobre Paul, John, Ringo e George. Saiba mais seguindo este link e corra para as bancas.

Joe Strummer do Clash por Julien Temple

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The Future is Unwritten, documentário  sobre a vida de Joe Strummer, líder do The Clash. Dirigido pelo britânico Julien Temple o filme tem entrevistas com discípulos de Strummer como Bono, os atores Johnny Depp e John Cusack e os Red Hot Chili Peppers, além dos outros integrantes do Clash e amigos que moravam com ele em prédios condenados (squats) em Londres antes do sucesso da banda.

Imagens de Strummer nunca vistas, como de sua infância e juventude, além de clipes do Clash e dos Mescaleros, sua última banda, estão no documentário. Antigas entrevistas e gravações do programa de Joe Strummer na rádio BBC também fazem parte do filme, além de desenhos feitos por ele e que foram transformados agora em animações.

O cineasta Julien Temple ficou conhecido depois que dirigiu o primeiro filme dos Sex Pistols, Sex Pistols Number 1, em 1977. Em 1980 revelou toda a jogada de marketing de Malcolm MacLaren para os Pistols em The Great Rock’n Roll Swindle. Desde então realizou vários clipes, filmes e documentários de bandas de rock entre eles o musical Absolute Begginers, com David Bowie, e The Filth and the Fury, novamente enfocando os Sex Pistols, em 2000.

The Future is Unwritten teve premiere no Festival Sundance este ano e estreou no Reino Unido em maio. Não há informações sobre a estréia do filme no Brasil. A trilha sonora será lançada em breve e ela inclui não só preciosidades da coleção de discos de Joe Strummer, como também techno, e música havaiana e latino americana. Canções das bandas de Strummer obviamente estão na trilha além de faixas de Elvis Presley, Bob Dylan, Rolling Stones, o ídolo rockabilly Eddie Cochran e o jamaicano Ernest Ranglin.

[Paulo Cruz]

Veja o trailer de The Future is Unwritten:

Filme realizado por Madonna

Sujidade e Sabedoria , filme realizado por Madonna, estreia quinta-feira [veja o trailer]

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Primeira longa-metragem da rainha da pop conta com Eugene Hütz, dos Gogol Bordello, no papel principal.

O filme de estreia de Madonna como realizadora, Sujidade e Sabedoria , estreia esta quinta-feira (dia 10) nas salas nacionais. A longa-metragem conta a história da personagem desempenhada por Eugene Hütz (líder dos Gogol Bordello ), um emigrante ucraniano que tenta vencer na vida na Inglaterra e das suas duas companheiras de casa. [Paulo Cruz]

O Freakfolk no Cinema

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Eternamente Crianças (Eternal Children, David Kleijwegt, 2006) é um documentário sobre a cena que então surgia em Nova York nos meiados da primeira década do século XXI. A tal cena, é o que foi instantaneamente cunhado como Freak-folk (pra alguns o nome foi “New American Folk”) – tal cena pode ser bem moldada para desconhecidos com a coletânica Golden Apples of The Sun, onde grande parte das bandas participam, inclusive os artistas contemplados no documentário, Devendra Banhart, CocoRosie, Anthony and the Johnsons e Vashti Bunyan. Outro bem presente no documentário é o músico William Basinski e suas Desintegration Loop Tapes.

Fruto de um senso de comunidade e comunhão, essas pessoas, distintas uma das outras, compartilham suas músicas e idéias. É muito dificil criar uma união musical entre os artistas, até mesmo pessoal. Basinki é praticamente um intelectual da música, Devendra um hippie, CocoRosie duas irmãs que se comportam quase como crianças (gostam de se ver assim de quaquer forma), Anthony é um artista no sentido mais pleno da palavra, Vashti é uma ex-hippie da década de 70 que é chamada de “matriarca” do movimento.

O filme tem a grande vantagem de não entrar no mérito de se aquelas pessoas são conscientemente um grupo de pessoas que se identificam musicalmente ou não. Na verdade, o que os une é justamente como diz uma das irmãs do CocoRosie, um certo sentido de comunidade que era presente na vida daquelas pessoas – dão até um lugar onde teria existido tal sentimento, em um show de Anthony. O que os parece unir na verdade é uma amizade e uma generosidade entre as pessoas – coisa que Vashti diz não ter acontecido nos anos 1960, geração que ficou conhecida por se comportar dessa maneira, mas que de repente se tornava real em uma Nova York do século XXI.

Vashti inclusive é a que oferece a melhor visão de quem são aquelas pessoas. Na cena inicial do filme, aparecem as irmãs de CocoRosie andando de bicicleta por terrenos baldios da cidade, onde de repente param a falam coisas que não se pode dizer se são sérias ou não: umas fadas que aparecem todas as noites para cortar o cabelo das meninas. Vashti diz que a genialidade e beleza dessas pessoas é justamente o entrelugar que essas coisas acontecem, nunca se sabe se estão falando sério ou não, se o que dizem é verdade ou não, se realmente acreditam no que dizem ou se estão brincando. O lugar da incerteza e do estranhamento e da não exaditão das coisas é implantado. Ou seja, a música, a arte dessas pessoas são mais ou menos isso mesmo – um estranhamento e uma não certeza do que é possível dizer sobre essas pessoas, sobre a músicas delas. Por isso surge, com o reconhecimento artístico deles um estranhamento do sucesso – não esperavam realmente que tantas pessoas iam realmente gostar daquelas músicas.

Esse entrelugar se transparece para a sexualidade das pessoas, assunto que se mais bem explorado poderia ter deixado o filme melhor. Anthony aquela figura incrivelmente ambígua, a assexualidade do CocoRosie, transparece na sensação corporal que essas músicas apresentam, a música, como diz Devendra no filme, se utiliza do corpo dessas pessoas para ser capitada no ar e retrasformada em música para o público em geral, uma idéia um pouco hippie, transcendental, mas que o diretor do filme consegue deixar muito simpática. Com Basinski  e sua música muito mais intelectualizada não é diferente – o acaso de um encontro que cria aquelas músicas que vão se desintegrando. Basinski inclusive coloca a “desintegração” como componente formador dessas pessoas – uma resposta ao pós-grito de desespero de Cobain que os anos 90 não conseguiram lidar, como fala Anthony.

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Ademais, as cenas de apresentações dos artístas são muito boas. Os shows “esculhambados” de Devendra que o Brasil já pode ver, Vashti tocando na relva, Anthony simpático no palco, fazendo piadas, mas cantando com uma emoção impressionante (como o Brasil também já pode ver), e a criação musical do CocoRosie, os experimentos, as gravações que são dos melhores momentos do filme. É um filme que vale a pena, pela presa da contemporaneidade de tentar entender o presente, o acontecimento recente. É um tanto bonito o filme – e mais uma vez, como em I Need That Record!, uma necessidade por uma idéia de comunidade, do comunitário, vem à tona novamente. Pode ser uma resposta a essa necessidade – uma comunidade ainda por vir.

Ai está a primeira parte do filme. créditos: odisco

[Paulo Cruz]

Raul Seixas música gospel inédita

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Está fazendo 20 anos que Raul Seixas partiu desta para uma melhor. O “maluco beleza” deixou uma obra de respeito que todos conhecem. Além disso, material inédito, vez por outra pipoca. Agora, novos materiais a respeito do cantor devem ser lançados, incluindo uma faixa de 1973, “Gospel”, que originalmente foi composta com Paulo Coelho para a trilha sonora da novela global “O Rebu”, mas não passou pela censura. Agora “Gospel” foi produzida com a letra original, a partir de uma recuperação de uma fita K7 pelo produtor Marco Mazzola, que chamou Frejat para modernizar os arranjos.

Aqui está a versão original direto da fita K7. “Toca Raul!”

MP3: Raul Seixas – Gospel

[Paulo Cruz]

Documentário desvenda a genialidade, loucura e criatividade do eterno “mutante” Arnaldo Baptista

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Arnaldo Baptista, entre pincéis e telas

Texto e entrevista de Tanara de Araújo

Fotos de Canal Brasil/Divulgação

Quem diabos é Arnaldo Baptista? Gênio. Visionário. Louco. Mito. Artista. Todas absolutamente corretas, as respostas são esmiuçadas em Lóki, primeiro longa de Paulo Henrique Fontenelle, em cartaz nos cinemas do país. Premiado como melhor documentário no Festival de Miami deste ano, o filme não é apenas brilhante por trazer à tona a rica trajetória do eterno líder dos Mutantes. É também meritório por equilibrar a narrativa para leigos e iniciados — nada excessivamente didático, nem específico em demasia.

O ponto de partida é um recorte da vida pacata que atualmente Arnaldo leva na cidade mineira de Juiz de Fora, ao lado da esposa Lucinha. Em tom confessional, o músico destrincha histórias e sentimentos enquanto se dedica à pintura de uma tela, sua outra paixão artística — não tão desenvolvida quanto a música, mas simbolicamente interessante. Passado o prólogo, o roteiro de Fontenelle desdobra-se em três atos: a ascensão (Mutantes), a queda (drogas e depressão) e a redenção (reconhecimento da obra).

A primeira parte é, inevitavelmente, a mais divertida. É o retrato da inventividade rebelde de Arnaldo, Sérgio e Rita no auge da juventude e da inspiração. É o capítulo da compreensão da importância dos Mutantes em um país sem tradição roqueira em meio à ditadura dos anos 60. É o diário do amor profundo de Arnaldo por Rita e a explicação dos termos gênio e visionário. Não é necessária a carteirinha de fã para se emocionar com os registros do trio nessa época. Um dos mais tocantes é a entrevista nos bastidores do festival de 1967, no qual a banda acompanhou Gil em “Domingo no Parque”. Pueril, Arnaldo descreve a experiência como “muito legal”.

Além de uma infinidade de material de arquivo e entrevistas com o próprio Arnaldo Baptista, Lóki é recheado de declarações de amigos, jornalistas e artistas. De um elenco que vai do irmão Sérgio Dias ao fã Sean Lennon, pipocam histórias pessoais, lembranças engraçadas e tristes, análises, pedidos de desculpas e, óbvio, agradecimentos e elogios. Com um casamento perfeito entre imagens e depoimentos, a montagem perspicaz de Fontenelle deu-se ao luxo de descartar a (quase sempre) enfadonha figura do narrador.

Ainda que uma importante peça-chave da vida e obra de Arnaldo, Rita Lee optou por manter-se em silêncio – assunto que provocou ligeira polêmica. A falta de seu testemunho, porém, não compromete o fluxo narrativo, muito menos o resultado final. Pelo contrário. Com aparições reservadas a imagens antigas (cedidas por ela sem problemas), Rita é encaixada ao contexto de modo doce e afetuoso. Exatamente como permanece na memória de Arnaldo.

Queda e redenção

A partir da menção às drogas lisérgicas, o filme sutilmente muda o tom. Com edição mais lenta e narrações mais densas, a alegria é substituída por sombras. Ladeira abaixo, segue-se a dura separação de Rita e a derrocada dos Mutantes. Em um fiapo de luz — que expande o significado de gênio e insere o de louco — Arnaldo concebe o álbum que dá título ao filme. Embora tido como obra-prima, o conteúdo é o esboço de problemas futuros ligados à depressão.

Orquestrada pela fiel Lucinha, a recuperação marca a etapa final de Lóki, que volta a ter um ritmo mais ágil e comentários mais positivos. Após longo ostracismo, Arnaldo exorciza velhos fantasmas com o retorno dos Mutantes (mesmo com Zélia Duncan no lugar de Rita Lee). Com belas imagens de shows lotados, beirando à catarse em Londres e São Paulo, e fãs espalhados pelo mundo, o momento é de prestígio. O ciclo fecha-se com o entendimento do mito.

É certo que a vida de Arnaldo Baptista é um roteiro de cinema nascido pronto. Sucesso, amor, obstáculos e final feliz. Fazer a fórmula dar certo, seja em documentário ou ficção, são outros quinhentos. É preciso, entre demais critérios, fazer escolhas técnicas acertadas e sensibilidade para administrar o conteúdo a diferentes públicos. Em sua estreia, Paulo Henrique Fontenelle foi bastante feliz não só nesses pontos. Acima da elucidação de qualquer conceito, Lóki é um sólido mosaico sobre o homem à frente do artista, do visionário, do louco e do gênio.

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Gênio, louco, visionário, mito e artista

ENTREVISTA – PAULO HENRIQUE FONTENELLE

“O rebelde entre os rebeldes”

Você pesquisou, roteirizou, dirigiu e montou as quase duas horas de Lóki. Ao assisti-lo, fica evidente que você lidou com um material bastante extenso. Como foi o processo de buscar, separar e decidir o que iria para a tela?

Foram quase quatro anos de trabalho intenso. Começamos com um programa de meia hora em 2005, que desencadeou o projeto do longa, e iniciamos as filmagens em 2006 com o show de Londres. Durante todo esse tempo, corremos atrás de todas as pessoas que fizeram parte de maneira significativa na vida do Arnaldo, seja para dar entrevistas ou contribuir com materiais. Acompanhamos o Arnaldo no seu dia-a-dia, filmando a pintura do quadro e a turnê com os Mutantes. Também percorremos todas as emissoras de TV e cinemateca atrás de imagens de arquivo. No final, tínhamos reunidos mais de 500 horas de imagens. E aí começou o quebra-cabeça da edição. Montei um primeiro corte de duas horas e quarenta minutos, que já estava ótimo. Foi duro ter que cortar quase um terço do filme, mas acho que o que ficou é o fundamental para contar a história desse grande artista.

Além dos materiais de arquivo e das intervenções do próprio Arnaldo, há os depoimentos de várias pessoas ligadas diretamente a ele ou não. Algumas escolhas são óbvias (Liminha, Dinho, Sérgio Dias) mas há nomes interessantes como Lobão e Devendra Banhart. Como foi a escolha desse elenco?

Buscamos praticamente todas as pessoas que de alguma maneira fizeram parte da vida do Arnaldo, desde amigos de infância a parceiros musicais. Lobão participou bastante da vida do Arnaldo. Eles quiseram montar um grupo juntos no final dos anos 70 e recentemente ele foi uma das pessoas que lançaram o disco Let It Bed, através de sua revista OutraCoisa. O filme ainda abre espaço para fãs ilustres do Arnaldo como Sean Lennon e o Devendra, que nós conhecemos quando fizemos nossas primeiras gravações em Londres.

Como foi a questão da recusa da Rita Lee?

Tentamos várias vezes entrar em contato com Rita Lee, mas sempre recebíamos a resposta, através de sua assessoria de imprensa, de que esse é um assunto que ela não gostaria de falar. É algo que devemos respeitar. Mas apesar dela não ter dado entrevistas, a Rita está presente no filme o tempo todo da maneira mais bonita possível através de imagens de arquivo. É a Rita Lee pela qual o Arnaldo se apaixonou.

Quais as outras dificuldades que você enfrentou para tocar o projeto?

A maior de todas era estar fazendo um filme tão complexo com um orçamento e uma equipe mínima. Éramos, durante a produção, basicamente três pessoas: eu, o André Saddy (produtor executivo) e a Isabella Monteiro (diretora de produção) nos revezando nas mais diversas funções, dedicando fins-de-semana, férias com uma paixão incrível. Essa paixão foi o diferencial que fez a gente superar todas as dificuldades. Como o Paulo Mendonça, diretor geral do Canal Brasil, sempre fala, esse é um filme amador no melhor sentido da palavra. Um filme feito por pessoas que amam aquilo que fazem.

Lóki apresenta claramente três atos: alegria dos Mutantes, a obscuridade do período da depressão e a esperança advinda do reconhecimento da obra. Isso foi fruto do roteiro ou da montagem?

Quando eu comecei a rodar o filme, tinha uma ideia bem clara do que eu queria contar. A vida do Arnaldo por si só já é um história que daria um ótimo filme de ficção. Mas, obviamente, as coisas foram acontecendo no meio do caminho e o filme foi se modificando. Quando comecei o projeto, pretendia acabar o filme mostrando como o Arnaldo vivia esquecido em Juiz de Fora. Mas a primeira coisa que aconteceu quando iniciamos o projeto foi a reunião dos Mutantes em Londres. Achei que ali tínhamos o final perfeito. Alguns meses depois, teve o show do Ipiranga para 80 mil pessoas, fechando com chave de ouro essa trajetória. Foi um filme que foi se modificando com os acontecimentos.

Como foi a recepção do Arnaldo em relação ao material finalizado?

A primeira vez que ele viu foi em uma sessão fechada na sala do Canal Brasil. Pude perceber sua emoção no final da exibição. Ele diz que o filme conseguiu capturar a sua alma e que, a partir de agora, ele será sempre lembrado como “o rebelde entre os rebeldes”.

E por que Arnaldo Batista?

Tudo começou com um programa de televisão que fizemos em 2005. Na época, eu quase nada sabia sobre o Arnaldo. Durante a feitura do programa, fui lendo tudo e ouvindo tudo que era possível sobre o Arnaldo e ficando cada vez mais fascinado com sua história de vida e com a beleza de sua obra. Ao término da edição, ficou em mim uma frustração muito grande em ter que resumir uma vida tão rica de acontecimentos em meia hora. Mais do que isso: ficou a indignação de ver como uma pessoa tão importante para a nossa cultura vivia tão esquecida e com seu valor não reconhecido. Acho que esse filme faz justiça ao talento e a real importância do Arnaldo na nossa música e creio que a partir de agora, Arnaldo Baptista jamais será esquecido.

[Paulo Cruz]

Disco novo dos Mutantes vaza na web

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Vazou o novo disco dos Mutantes, ‘Haih… or Amortecedor’, a ser lançado no dia 8 de setembro pela gravadora Anti.

É o primeiro disco de inéditas da banda gravado 35 anos depois de ‘Tudo Foi Feito Pelo Sol’, de 1974. A nova formação, já sem Arnaldo Batista, conta apenas com Sérgio Dias e o baterista Dinho como membros originais da banda, embora Dinho fosse apenas músico contratado na gravação do primeiro álbum, ‘Mutantes’, de 1968.

Haih

Download

[Paulo Cruz]

Forgotten Boys – Louva-a-Deus

capa_forgotten_louva1Tais mudanças são facilmente explicadas, o tempo de estrada do grupo, com sabe-se lá quantos shows nas costas, e o velho processo de amadurecimento da banda, afinal, a adolescência passou faz tempo para o quarteto. Tudo o que encontramos de bom neste Louva-a-Deus já aparecia, mesmo que menos escancarado, no álbum anterior. As letras em português, o bom trabalho vocal e, principalmente, a produção. O Forgotten Boys deixava de ser mais uma banda barulhenta, para começar a se transformar em uma banda “barulhenta”, mas com qualidade ritmica.

Mas como superar o que foi feito em Stand By the D.A.N.C.E.? Simples, manter a linha seguida no álbum, manter o que já estava bom e se esmerar para sumir com qualquer possível falha. Não leio a mente de ninguém, mas é bem provável que foi isso que passou na cabeça desses caras, afinal, eles tinham em mãos um excelente produto e não valeria a pena colocar outro no mercado se não fosse, pelo menos, tão bom quanto.

Exatamente por isso pouca coisa mudou desde o lançamento de Stand…, o som garageiro, característico do grupo, continua lá, as guitarras “sujas” também, o vocal agudo idem. A mesma cara sessentista/setentista, com som carregado de Stooges e MC5 ainda é a característica mais marcante da banda. Só que agora encontramos uma banda que se faz um som saudosista, mas sem soar como um grupo dos anos 2000 e sim como se tivesse realmente nascido há mais de 30 anos. É possível, até, encontrar ecos de bandas nacionais, como Made in Brazil e Patrulha do Espaço nas canções em português – tanto que a banda vem fazendo shows mais intimistas, com repertório calcado no blues.

Resta saber como os antigos fãs vão receber esse disco, já que a cada lançamento, o trabalho do Forgotten Boys, mesmo mantendo as características que fizeram a banda crescer no mercado underground nacional, fica mais límpido e, por que não, mais acessível. Ainda que seja basicamente impossível ouvir qualquer canção de Louva-a-Deus nas rádios. Então não perca tempo e vá logo no trama virtual e baixe tudo que puder.

Álbum: Forgotten Boys – Louva-a-Deus
Selo: Forgotten Boys
Ano: 2008

www.forgottenboys.com.br

[Paulo Cruz]

‘Trainspotting’ é eleito o melhor filme britânico dos últimos 25 anos

O Jornal inglês ‘The Observer’ convidou mais de 60 celebridades relacionadas a 7ª arte inglesa para listar o que seria “Os 25 melhores filmes britânicos dos últimos 25 anos”.
A cada convidado, entre eles diretores, roteiristas, atores,e críticos, foi incumbido a tarefa de eleger 10 filmes de sua preferência e o filme mais citado foi Trainspotting, de Danny Boyle, mesmo diretor do “Quem Quer Ser Um Milionário?”, premiado com Oscar de melhor filme em 2009 e 9ª colocação na lista britânica.

Trainspotting também faz parte da lista dos 100 melhores filmes da minha vida e Danny Boyle um dos meus diretores preferidos. Aproveito para indicar “Cova Rasa”, sua estréia atrás das câmeras e “Extermínio”, já em uma fase mais badalada de sua brilhante carreira.
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Veja a lista completa:
01º Trainspotting (1996)
02º Os Desajustados (Withnail & I – 1987)
03º Segredos e Mentiras (Secrets & Lies – 1996)
04º Vozes Distantes (Distant Voices, Still Lives – 1988)
05º Minha Adorável Lavanderia (My Beautiful Laundrette – 1985)
06º Violento e Profano (Nil By Mouth – 1997)
07º Sexy Beast (2000)
08º O Lixo e o Sonho (Ratcatcher – 1999)
09º Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire – 2008)
10º Quatro Casamentos e um Funeral (Four Weddings and a Funeral – 1994)
11º Uma História de Sobrevivência (Touching the Void – 2003)
12º Esperança e Glória (Hope and Glory – 1987)
13º Control (2007)
14º Naked (1993)
15º Under the Skin (1997)
16º Hunger (2008)
17º This Is England (2006)
18º Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead – 2004)
19º Vingança Redentora (Dead Man´s Shoes – 2004)
20º Red Road (2006)
21º Riff-Raff (1981)
22º O Equilibrista (Man On Wire (2008)
23º Meu Amor de Verão (My Summer of Love (2004)
24º A Festa Nunca Termina (24 Hour Party People (2002)
25º O Paciente Inglês (The English Patient (1996)

Ana Cañas em Chapecó

Ana Cañas – Hein? (2009)

Artist – Ana Cañas
Album – Hein?
Release Date – 2009
Label – Sony BMG Europe
Genre/Style
World Music
Brazilian Pop

1. Na Multidão (Part. Arnaldo Antunes)
2. Coçando
3. Na Medida do Impossível
4. Esconderijo
5. Sempre com Você
6. Chucky Berry Fields (Part. Gilberto gil)
7. Gira
8. Problema Tudo Bem
9. Aquário
10. A Menina e o Cachorro
11. Não Quero Mais
12. O Amor é Mesmo Estranho

Depois de receber elogios rasgados de Caetano Veloso e Chico Buarque e chamar a atenção da crítica nacional com o seu álbum de estréia Amor e Caos, em 2007, Ana Cañas lança o seu segundo disco. Intitulado Hein?, o álbum traz 12 faixas, todas de autoria da cantora, e uma versão para a música “Chucky Berry Fields Forever”, de Gilberto Gil. Ao seu lado, Arnaldo Antunes e Dadi assinam algumas músicas e a produção musical é de Liminha. Aos 28 anos, Ana Cañas mostra com este novo trabalho toda a sua versatilidade como intérprete e compositora, em um disco que passeia por toda a diversidade do pop, rock, jazz, blues e reggae.

Mas o bom mesmo disso tudo é saber que ela vai estar apresentando aqui em Chapecó ao vivo este novo trabalho, informação oficial, divulgada na sua agenda, mas ainda não sabemos onde será o local de sua presentação, só nós resta aguarda, enquanto isso aproveite bem o disco, Hein?

Dica

forest

Fiquei tão feliz de ter visto este post no blog do mestre Kid Vinil que resolvi divulgar por aqui também.

Nele Kid comenta a respeito da fantástica banda, o Forest Fire, da nova cena Brooklyn, NY, mas o que chama atenção é o lançamento  de um compacto em vinil de 7 polegadas, totalmente caseiro, embalado numa capinha de saco de pão, carimbado o nome da banda. O single “Fortune Teller” recebeu elogios de todas a lojinhas independentes lá fora e a banda chegou até a ser comparada ao Modest Mouse no inicio.O disco desta semana na Rough Trade é “Survival” do Forest Fire (capa acima) cuja foto reflete o clima e o lugar onde o disco foi gravado, a partir de demos feitas com um só microfone captando tudo. Um trabalho totalmente caseiro e um resultado eficiente. Assim como há quase tres anos Bon Iver se refugiou numa cabana e gravou seu elogiadissimo “For Emma, Forever Ago”, esse álbum de estréia do Forest Fire é mais um exemplo de que com poucos recursos e boas idéias alguns conseguem fazer milagres.Por coincidencia os dois discos citados aqui foram gravados fora dos estúdios convencionais, com resultados surpreendentes.
A principio o álbum “Survival” era cedido pra download no site da gravadora, mas se quiser ouvir está disponível no endereço abaixo:
http://www.catbirdrecords.com/forestfire/

Forest FireSurvival (2009)

1. I Make Windows
2. Fortune Teller
3. Sunshine City
4. Through My Gloves
5. Promise
6. Echoes Coming
7. Steer Me
8. Survival
9. She’s Building Something…
10. Slow Motion